Gena Paula Castro com informações do Vatican News.
Certa vez, São João Paulo II discursou abordando o tema das doenças e deixou três conselhos sobre este assunto, que não podem se perder no tempo.
Acolher estes conselhos, traz uma perspectiva de
esperança santificada das situações de enfermidade tanto para doentes,
familiares e profissionais da Saúde.
Veja:
- " Em primeiro lugar, qualquer que seja o vosso sofrimento, físico ou moral, pessoal ou familiar, apostólico, e até eclesial, é importante que dele tomais consciência de maneira lúcida, sem o minimizar ou aumentar, e com todas as perturbações que ele provoque na vossa sensibilidade humana: revéses, inutilidade da vossa vida, etc"
- "Em segundo lugar, é indispensável progredir no caminho da aceitação. Sim, aceitar a realidade, não com uma resignação mais ou menos cega, mas porque a fé nos assegura que o Senhor pode e quer tirar o bem do mal. Quantos, aqui presentes, poderiam testemunhar que a provação, aceita com fé, fez renascer neles a serenidade, a esperança...! Se o Senhor quer tirar o bem do mal, Ele convida-vos a ser vós mesmos tão activos quanto o podeis, apesar da doença, e se sois deficientes, a valer-vos de vós mesmos, com as forças e talentos de que dispondes, apesar da enfermidade. Aqueles que vos circundam com a sua afeição e auxílio, e também as associações de que participais como as Fraternidades dos doentes, procuram precisamente fazer que ameis a vida, e a desenvolveis em vós, enquanto isto é possível, como um dom de Deus."
- "Enfim, o mais belo gesto fica por fazer: o da oblação. A oferenda feita por amor de Deus e dos nossos irmãos, permite atingir um grau, às vezes muito elevado, de caridade teologal, a saber, de se perder no amor de Cristo e da Santíssima Trindade em favor da humanidade. Estas três etapas vividas por cada um dos que sofrem, segundo o seu ritmo e a sua graça, lhe darão uma admirável libertação interior. Não é este o paradoxal ensinamento transmitido pelos evangelistas: "... aquele que perde a sua vida por minha causa, encontrá-la-á" (Mt. 16, 25)? Não é esta a atitude evangélica de abandono, tão profundamente experimentada por Bernadette de Lourdes e Teresa de Lisieux, doentes durante quase toda a própria vida? Queridos Irmãos e Irmãs que sofreis: retornai fortificados e renovados para a vossa "missão especial"! Vós sois os preciosos cooperadores de Cristo na aplicação, no tempo e no espaço, da Redenção que Ele adquiriu uma vez por todas e em beneficio da humanidade inteira pelos mistérios históricos da Sua encarnação, da Sua paixão e da Sua ressurreição. E Maria, sua Mãe e vossa Mãe, estará sempre junto de vós!"
Tais palavras foram proferidas pelo então Papa João Paulo II,
em 15 de
agosto de 1983, na França, durante a sua viagem apostólica ao Santuário
mariano de Nossa Senhora de Lourdes.
Para conferir o documento com o discurso completo acesse este link.