Santo Padre também manifestou votos de paz,
diálogo e solidariedade ao povo cubano,
“Estamos atarefados, corremos, pensamos que tudo depende de nós e, no final, corremos o risco de negligenciar Jesus e estarmos sempre nós no centro. Por isso, convida os seus para repousar um pouco à parte, com Ele” - e continuou:
"Não é apenas repouso físico, é também descanso do coração. Porque não basta “desligar”, é preciso repousar de verdade. E como se faz isso? Para fazer isso é preciso voltar ao cerne das coisas: parar, ficar em silêncio, rezar, para não passar da correria do trabalho para a correria das férias."
No Evangelho de hoje lemos o que Jesus disse aos apóstolos que chegavam da missão:
“Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco”. Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo que não tinham tempo nem para comer.
O Santo Padre expliciu que Jesus quando descansava em oração, no silêncio, na intimidade com o Pai, não deixava de estar atento às necessidades da multidão. O Papa orientou ainda:
“ Aprendamos a parar, a desligar o celular, a contemplar a natureza, a regenerar-nos no diálogo com Deus.”
Outro ponto destacado, foi que a compaixão pelas pessoas não impede o descanso:
"Aqui está o segundo aspecto: a compaixão que é o estilo de Deus, o estilo de Deus é: proximidade, compaixão e ternura. Quantas vezes no Evangelho, na Bíblia, encontramos esta frase: “teve compaixão dele”. Comovido, Jesus se dedica ao povo e retoma o ensino. Parece uma contradição, mas na realidade não o é. De fato, só o coração que não se deixa levar pela pressa é capaz de se comover, isto é, de não se deixar levar por si mesmo e pelas coisas a fazer e de perceber os outros, suas feridas, suas necessidades. A compaixão nasce da contemplação.'
E incentivou também a contemplação:
"Se cultivarmos o olhar contemplativo, levaremos em frente as nossas atividades sem a atitude voraz de quem quer possuir e consumir tudo; se permanecermos em contato com o Senhor e não anestesiarmos a parte mais profunda de nós, as coisas a fazer não terão o poder de nos tirar o fôlego e nos devorar. Temos necessidade - ouçam isso - temos necessidade de uma “ecologia do coração” que inclui descanso, contemplação e compaixão."
Seguir o modelo de Nossa Senhora:
O Pontífice indicou ainda, o modelo da Virgem Maria “que cultivou o silêncio, a oração e a contemplação, e sempre se move em terna compaixão por nós, seus filhos.”
Solidariedade ao povo cubano:
“Peço
ao Senhor que os ajude a construir em paz, diálogo e solidariedade uma
sociedade sempre mais justa e fraterna. Exorto todos os cubanos a se
entregarem à materna proteção da Virgem Maria da Caridade do Cobre. Ela
os acompanhará neste caminho."